O papel da mídia para manejo de problemas relacionados a saúde mental ainda não está muito bem fundamentado. Isso porque a mídia é refeita diariamente. Falar em se matar, dessa forma, pode representar risco e cuidado ao mesmo tempo, dependendo da forma como abordamos o tema.
Gera-se problemas ao compartilhar informações que atribuem ao ato suicida uma posição de fraqueza, fuga, pouco manejo com as situações da vida ou ainda quando se entende esse problema sob viés religioso ou moral. Principalmente porque esse olhar julgador e crítico às pessoas com ideação suicida ou que já tentaram suicídio não lhes direciona de forma eficaz para buscar ajuda ou tratamento.
Em contrapartida, abordar de forma compreensiva o fenômeno do suicídio, permite maior compreensão sobre o tema, principalmente quando se faz por veículos de grande circulação. É importante que se tenha o suicídio como um problema de saúde, tanto quanto qualquer outra doença, que pode ou não ser incapacitante; que pode ou não alterar os julgamentos feitos pela pessoa e que precisa de atenção e tratamento, não julgamento.
Além disso, qualquer abordagem boa sobre o tema precisa informar sobre as possibilidades de tratamento.
Por isso termino esse texto afirmando e pedindo que toda comunicação ou opinião sobre o tema expresse que pessoas que pensam ou tentam suicídio precisam de ajuda, não julgamento. Ideação ou tentativa de suicídio não são formas de chamar atenção, mas um pedido de ajuda, uma notificação de que algo não está bem. Sempre oriente a buscar ajuda especializada. Acessem a unidades de saúde mais próxima de suas casas, serviços de saúde mental, ou terapia psicológica particular para obter atendimento ou orientação. Não menosprezem o discurso suicida, tampouco o tomem por brincadeira. O assunto é sério e já passamos da hora de tomar a saúde mental como algo central em nossas vidas.
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Leonardo José da Silva
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